Veronica Roth fala sobre “Carve The Mark”, seu novo livro
By Helen Martins - 5/17/2016 09:48:00 PM
Em entrevista para o site
Entertainment Weekly a autora Veronica Roth falou um pouco sobre o
primeiro livro da sua nova duologia de livros, intitulada “Carve The Mark”, uma
história sci-fi sobre dois irmãos que lutam por suas vidas quando são raptados
por um inimigo.
Na entrevista, ela fala sobre a
inspiração para os livros, como a série divergente a ajudo a melhorar como
autora, sobre a construção dos mundos envolvidos, os nomes de seus personagens
e mais algumas coisas.
01. Você pode nos dar uma visão
geral de “Carve The Mark” em suas próprias palavras?
A história se passa no espaço, e
é sobre dois irmãos que são sequestrados por um ditador de um país inimigo. A
fim de salvar a vida de seu irmão, um deles, Akos, tem que trabalhar com alguém
que é supostamente seu inimigo, mas acaba sendo algo mais.
02. De onde você tirou isso?
Deus, é tão estranho, porque veio
de tantos lugares diferentes. Mas, essencialmente, escrevi uma versão louca de
um protótipo bem cedo, quando eu tinha 12 ou 13 anos. Apenas a ideia básica de
o que aconteceria se um dos membros de sua família fosse tirado de você, e
então voltasse depois de ser sequestrado, de uma maneira diferente. Ao longo
dos anos, eu nunca completamente deixei essa ideia ir. Eu só ficava mudando de
ideias, e então finalmente descobri a maneira que daria certo.
03. Então você retornou a ele
depois de todo o material de divergente, ou você estava trabalhando pouco a
pouco durante?
Bem, é engraçado. Eu esperei um
tempo e então voltei para esta história, ai tentava encontrar uma maneira de
fazê-la funcionar e então eu desistia, e voltava a trabalhar em Divergente.
04. Parece que ele deve ter um
lugar especial em seu coração já que está com você há mais de uma década.
Sim, ele realmente tem. Eu acho
que estou obcecada com a ideia de você mudar e ainda conseguir se encaixar em
sua família – porque a família é muito importante para mim. Na minha família,
temos sido capazes de mudar e crescer, mas ainda encontrar maneiras de
continuar grudados. Então, talvez é de onde o livro vem. Mas é uma história
muito pessoal para mim.
05. Eu também sinto que você está
realmente intrigada com esse conceito de um pré-determinado destino. Por que
isso a fascina?
Suspense não é a única tensão que
pode existir em uma história – há também medo. Então não é como, “O que vai
acontecer a seguir?”, mas mais como, “Oh meu Deus, isso está vindo. Como é que
vai acontecer?”
06. Por isso é mais sobre
descobrir o caminho do que o final.
Sim. É apenas um tipo diferente de
surpresa na história. Você quer que os leitores sejam surpreendidos – e eu faço
coisas invertidas, controvérsias as vezes. Mas esta é uma nova experiência.
07. Certo, porque depois há toda
a questão de, “Você tem que ser amarrado ao seu destino, ou isso pode mudar?”
08. Qual é o seu processo de
construção de mundos? Onde você começa, e como você consegue manter tudo em
linha reta?
Eu aprendi muito escrevendo os
livros de Divergente, como “planejar com antecedência”, e “manter o controle.”
Eu amei escrever esses livros, mas quando chegou em “Convergente”, eu estava
tipo, “eu tenho seguido algumas regras muito difíceis, porque eu não pensei
nisso direito.” Eu estava definitivamente um pouco mais relaxada com os livros
de Divergente. Desta vez, eu decidi, “Não, você vai pensar através destes
planetas, como eles funcionam, como eles se parecem, do que eles são chamados,
com que linguagem trabalhar, todas essas coisas. Se vira.”
09. Como é que surgiu os nomes
das pessoas?
Este livro tem alguns bons: Akos,
Cyra, Ryz. Eles soam como nomes antigos. Meu pensamento era, eu não quero que
soe como uma linguagem que você já ouviu, porque há muita fantasia lá fora,
onde você consegue pronunciar os nomes, o que é ótimo. Mas eu só não queria que
parecesse coisa ocidental. Eu queria que fosse estranho. Então eu pesquisei
sobre o conlang, que é “línguas artificiais” – algumas pessoas fazem isso por
hobby. Eu não sou uma dessas pessoas. Eu cheguei a estes pares de vogais e
consoantes, ou trios, e acabei fazendo uma lista dos sons que eu queria.
E aí? Ficaram curiosos para ler
esse novo livro? Carve The Mark será publicado em 17 de Janeiro de 2017.
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