J.K Rowling publica biografia de Draco Malfoy
By Helen Martins - 12/28/2014 06:47:00 PM
Assim como fez com Dolores Umbridge , J.K.
Rowling publicou uma extensa biografia sobre Draco Malfoy no site Pottermore.
Na biografia, Rowling fala
sobre os anos de Draco durante Hogwarts, onde conta o que Draco estava fazendo
e sentindo durante esses anos. Além disso, o texto incluí a vida antes e após
Hogwarts e pensamentos da autora sobre o personagem.
Confira a tradução.
“Draco Malfoy
Da história ”
Nascimento: 5 de Junho
Varinha: Espinheiro branco e pelo de
unicórnio, 25 centímetros, flexível.
Casa em Hogwarts: Sonserina
Parentesco: Mãe bruxa, pai
bruxo.
Draco Malfoy cresceu como a
única criança na Mansão Malfoy, a magnífica construção em Wiltshire que esteve
na posse de sua família por muitos séculos. Desde que podia falar, ficou claro
para ele que era triplamente especial: primeiro, era um bruxo, segundo, era um
sangue puro e terceiro, era um membro da família Malfoy.
Draco foi criado em uma
atmosfera de remorso pelo fracasso do Lorde das Trevas na tentativa de comandar
o mundo bruxo, embora ele fosse prudentemente lembrado de que tal sentimento
não deveria ser demonstrado fora do círculo da família e dos amigos próximos
‘ou papai poderia ter problemas’. Na infância, Draco se aproximou
principalmente das crianças de sangue puro, filhas de ex-Comensais da Morte
amigos de seu pai, e por isso chegou a Hogwarts com uma pequena gangue de
amigos já conhecidos, incluindo Teodoro Nott e Vicente Crabbe.
Como qualquer outra criança da
idade de Harry, durante sua juventude, Draco ouviu histórias sobre o Menino que
Sobreviveu. Muitas teorias diferentes circularam por anos de como Harry
sobreviveu ao que deveria ser um ataque letal e uma das mais persistentes
teorias era a de que Harry era um bruxo das trevas. O fato dele ter sido
removido da comunidade mágica pareceu (para pensadores ansiosos) sustentar essa
visão e o pai de Draco, o astuto Lúcio Malfoy, foi um dos que concordou
avidamente com essa teoria. Era confortante para ele, Lúcio, pensar que podia
estar diante de uma segunda chance de dominação do mundo, podendo Harry
provar-se outro, e grande, campeão sangue puro.
Foi, portanto, sabendo que ele
não estava fazendo nada que seu pai desaprovaria, e na esperança de poder
transmitir notícias interessantes em casa, que Draco ofereceu sua mão para
Harry quando ele soube quem ele era no Expresso de Hogwarts. A recusa da
proposta amigável de Draco e o fato de Harry já ter formado fidelidade com Ron
Weasley, cuja a família é um anátema para os Malfoy, virou Malfoy contra ele de
vez. Draco percebeu, corretamente, que as loucas esperanças dos ex-Comensais da
Morte – de que Harry era um outro, e melhor, Voldemort – eram completamente
infundadas, e sua inimizade mútua é assegurada a partir desse ponto.
Muito da conduta de Draco na escola foi
modelada na pessoa mais impressionante que ele conheceu – seu pai -, e ele
fielmente copiou a personalidade fria e desdenhosa de Lúcio para todos do seu
círculo particular. Tendo recrutado um segundo escudeiro (Crabbe já estava na
posição antes de Hogwarts) no trem para a escola, o menos fisicamente imponente
Malfoy usava Crabbe e Goyle como uma combinação de escudeiro e guarda-costas em
seus seis anos de vida escolar.
Os sentimentos de Draco eram
sempre baseados, em grande parte, por inveja. Embora ele nunca tenha solicitado
sua fama, Harry era inquestionavelmente o mais comentado e admirado na escola e
naturalmente abalou o garoto que cresceu pensando que ocupava uma posição da
realeza dentro da comunidade bruxa. E havia mais, Harry era o mais talentoso em
voar, a habilidade que Malfoy pensou que iria ofuscar todos os outros
quintanistas. O fato de que Mestre de Poções, Snape, tivesse um fraco por
Malfoy e desprezasse Harry foi a única leve compensação.
Draco recorreu a muitas táticas
diferentes em sua perpétua jornada para irritar Harry ou desacreditá-lo diante
dos outros, incluindo, mas não se limitando, contar mentiras para a imprensa,
fabricar broches insultando-o, tentar amaldiçoá-lo por trás e se disfarçar como
um dos Dementadores (no qual Harry se mostrou particularmente vulnerável). No
entanto, Malfoy teve seus próprios momentos de humilhação nas mãos de Harry,
especialmente no campo de quadribol e nunca se esqueceu da vergonha de ser
transformado em um furão saltitante pelo professor de Defesa Contra as Artes
das Trevas.
Enquanto muitas pessoas
pensavam que Harry Potter, que havia testemunhado o renascimento do Lorde das
Trevas, era um mentiroso, Draco Malfoy era um dos poucos que sabia que Harry
estava contando a verdade. Seu próprio pai sentiu sua Marca Negra e voou para
se reunir com o Lorde das Trevas, testemunhando o duelo no cemitério entre
Harry e Voldemort.
As discussões dos eventos na
Mansão Malfoy fizeram crescer os sentimentos conflitantes de Draco Malfoy. Por
um lado, ele estava emocionado em saber o segredo do retorno de Voldemort e
isso foi o que seu pai descreveu como a volta dos dias de glória da família.
Por outro lado, as silenciosas discussões sobre a maneira que Harry, novamente,
escapou da tentativa do Lorde das Trevas de matá-lo, causou em Draco mais
pontadas de ódio e inveja. Muitos dos Comensais da Morte odiavam Harry como um
obstáculo e um símbolo, ele era discutido seriamente como um adversário,
enquanto Draco ainda era considerado apenas um estudante pelos Comensais da
Morte que se reuniam na casa de seu pai. Embora fossem de diferentes lados no
conjunto da batalha, Draco sentia inveja do status de Harry. Ele se alegrou
imaginando o triunfo de Voldemort, vendo a honra de sua família sob um novo
regime e via ele mesmo festejado em Hogwarts como o importante e impressionante
filho do mão direita de Voldemort.
A vida escolar muda para a
melhor no quinto ano de Draco. Embora seja proibido de discutir em Hogwarts o
que ouviu em casa, Draco toma prazer por pequenos triunfos: ele se torna
Monitor (e Harry não) e Dolores Umbridge, a nova professora de Defesa Contra as
Artes das Trevas, parece detestar Harry tanto quanto ele. Ele se torna membro
da Brigada Inquisitorial de Dolores Umbridge e faz disso seu negócio para
descobrir onde Harry e uma turma de diferentes estudantes foram, enquanto
formam e treinam, em segredo, como uma organização proibida, a Armada de
Dumbledore. No entanto, em seu real momento de triunfo, quando Draco encurrala
Harry e seus companheiros e quando parece que Harry será expulso por Umbridge,
Harry desliza de seus dedos. E pior, Harry consegue impedir Lúcio Malfoy de
tentar matá-lo, e o pai de Draco é capturado e mandado para a Azkaban.
Então, o mundo de Draco cai.
Estando, como ele e seu pai acreditavam, no limite da autoridade e do prestígio
como nunca haviam experimentado antes, seu pai é retirado da casa de sua
família e preso, muito distante, na mais assustadora prisão bruxa, guardada por
Dementadores. Lúcio vinha sendo um modelo e herói de Draco desde seu
nascimento, e agora ele e sua mãe eram desprezados entre os Comensais da Morte;
Lúcio foi um fracasso e estava desacreditado diante dos olhos de fúria de Lorde
Voldemort.
A existência de Draco vinha
sendo enclausurada e protegida até esse ponto; ele vinha sendo um garoto
privilegiado com poucos problemas, assumindo seu status no mundo e sua cabeça
cheia de pequenas preocupações. E agora, com seu pai longe e sua mãe perturbada
e assustada, ele tem que assumir responsabilidades de homem.
O pior ainda estava por vir.
Voldemort, procurando punir Lúcio Malfoy ainda mais por sua fracassada captura
de Harry, ordena que Draco faça uma tarefa tão difícil que ele poderia chegar
perto de falhar – e pagar com sua vida. Draco deveria assassinar Alvo
Dumbledore – como Voldemort não teve dificuldade para dizer. Draco deveria ser
deixado para tomar a iniciativa e Narcisa adivinhou, corretamente, que seu
filho estava destinado a falhar diante de um bruxo sem piedade e que não
toleraria fracasso.
Furioso com o mundo que parecia
de repente ligá-lo a seu pai, Draco aceita total associação aos Comensais da
Morte e concorda em executar o assassinato ordenado por Voldemort. Nesse
estágio, cheio de desejo por vingança e vontade de resgatar a benevolência de
Voldemort para seu pai, Draco mal compreende o que foi ordenado a fazer. Tudo o
que sabia era que Dumbledore representava tudo o que seu encarcerado pai não
gostava. Draco consegue facilmente se convencer de que ele também pensa que o
mundo seria melhor sem o Diretor de Hogwarts, em torno do qual a oposição
contra Voldemort sempre se mobilizou.
Escravo da ideia de ser um real
Comensal da Morte, Draco parte para Hogwarts com um grande senso de propósito.
Gradualmente, no entanto, ele descobre que sua tarefa é muito mais difícil do
que havia imaginado e depois de quase matar duas pessoas no lugar de
Dumbledore, a coragem de Draco começa a falhar. Com o perigo de prejudicar sua
família e a si mesmo pairando sobre ele, começa a perder o controle diante da
pressão. As ideias que Draco tem sobre si mesmo, e o mundo onde vive, vão se
desintegrando. Toda sua vida ele idolatrou um pai que defendia a violência e
não tinha medo de usá-la e quando descobre-se um filho com aversão a
assassinatos, ele sente isso como um vergonhoso fracasso. Ainda assim, ele não
pode se livrar de seu condicionamento: ele repetidamente recusa a ajuda de
Severo Snape, pois tem medo de Snape tentar o roubar sua ‘glória’.
Voldemort e Snape subestimam
Draco. Ele se prova experiente em Oclumência (a arte mágica de repelir as
tentativas de lerem sua mente), que é essencial para o plano secreto que tem
que executar. Depois de duas condenadas tentativas contra a vida de Dumbledore,
Draco sucede em seu engenhoso plano de introduzir todo o grupo de Comensais da
Morte em Hogwarts, o que resulta em Dumbledore, de fato, morto – mas não pelas
mãos de Draco.
Mesmo quando confronta um fraco
e desarmado Dumbledore, Draco se sente incapaz de executar o coup de grâce*,
pois contra sua vontade ele é tocado pela bondade e piedade de Dumbledore,
Snape subsequentemente dá cobertura para Draco, mentindo para Voldemort sobre
Draco ter abaixado sua varinha antes dele ter chegado ao topo da Torre de
Astronomia; Snape enfatiza a habilidade de Draco ao introduzir os Comensais da
Morte na escola e encurralar Dumbledore para ele, Snape, matá-lo.
Quando Lúcio é liberado de
Azkaban um tempo depois, sua família tem permissão para voltar à Mansão Malfoy
e viver suas vidas. Porém, eles estão totalmente desacreditados. Com sonhos de
um alto status sob o regime de Voldemort, os Malfoy encontram-se na menor
classificação entre os Comensais da Morte; fracos e fracassados, a quem
Voldemort doravante era sarcástico e insolente.
A mudada, mas ainda
conflituosa, personalidade de Draco se revela em suas ações durante a guerra
entre Voldemort e aqueles que estão tentando impedi-lo. Contudo, Draco não se
livra da esperança do retorno de sua família à sua antiga e alta posição, seu
inconveniente despertar de consciência o leva a tentar – meio irresoluto,
talvez, mas sem dúvida como melhor podia diante das circunstâncias – salvar
Harry de Voldemort, quando o primeiro é capturado e preso na Mansão Malfoy.
Durante a batalha de Hogwats, no entanto, Malfoy ainda tenta outra vez capturar
Harry e assim recuperar o prestígio de seus pais e possivelmente suas vidas. Se
ele poderia ceder ao entregar Harry, é um ponto discutível; eu suspeito que,
assim como sua tentativa de assassinar Dumbledore, ele poderia novamente
descobrir que levar alguém para a morte é muito mais difícil na prática do que
na teoria.
Draco sobrevive ao ataque de
Voldermort em Hogwats, pois Harry e Rony salvam sua vida. Depois da batalha,
seu pai escapa da prisão por fornecer informações contra seus companheiros
Comensais da Morte, ajudando na captura de muitos seguidores de Lorde Voldemort
que fugiram para se esconder.
Os últimos eventos da vida
adolescente de Draco mudam sua vida completamente. Ele tinha tido as convicções
com as quais ele cresceu desafiadas do modo mais assustador: ele presenciou
terror e medo, viu seus pais sofrerem por sua fidelidade e testemunhou o
desmoronamento de tudo que sua família acreditava. Pessoas por quem Draco havia
sido criado, ou até mesmo ensinado a odiar, como Dumbledore, ofereceram-no ajuda
e bondade, e Harry Potter deu a ele sua vida. Após os eventos da Segunda Guerra
Bruxa, Lúcio encontrou seu filho afetuoso como nunca, mas se recusando a seguir
a mesma linha antiga de sangues puros.
Draco casou-se com a irmã mais
nova de uma amiga da Sonserina. Astoria Greengrass, que sofreu uma parecida
(porém menos violenta e assustadora) conversão sobre ideias de sangue puro para
uma visão mais tolerante, foi considerada por Narcisa e Lúcio como alguém
decepcionante para uma nora. Eles tiveram grandes esperanças de uma garota cujo
a família constasse no ‘Sagrado Vinte e Oito’**, mas Astoria se recusou a
ensinar seu filho Scorpion de que trouxas eram uma escória, os encontros de
família eram geralmente cheios de tensão.
*Coup de grâce: originalmente
escrito em francês no texto, significa golpe de misericórdia.
**Sagrado Vinte e Oito: lista
constando as 28 famílias britânicas de sangue puro no mundo bruxo.
Pensamentos de J.K. Rowling
Quando a série começa, Draco é,
em quase todos os sentidos, o típico valentão. Com uma crença cega de seu
próprio status superior que ele absorveu de seus pais sangue puro, ele
inicialmente oferece sua amizade para Harry no pressuposto de que a oferta só
precisa ser feita para ser aceita. A riqueza de sua família contrasta com a pobreza
dos Weasley; isso também é uma fonte de orgulho para Draco, embora os
credenciais de sangue dos Weasley sejam idênticos ao seu.
Todos reconhecem Draco, pois
todos já conheceram alguém como ele. Tais crenças das pessoas em sua própria
superioridade pode ser irritante, ridícula e intimidadora, dependendo das
circunstâncias que se encontram com eles. Draco consegue provocar todos esses
sentimentos em Harry, Rony e Hermione em um momento ou outro.
Meu editor britânico questionou
o fato de Draco ser tão talentoso em Oclumência, que Harry (em toda sua
habilidade em produzir um Patrono tão jovem) não tinha dominado. Argumentei que
era perfeitamente consistente com o personagem de Draco, já que ele iria achar
mais fácil desligar-se de suas emoções, compartimentar e negar partes
essenciais de si mesmo. Dumbledore diz para Harry, no final de Ordem da Fênix,
que é uma parte essencial de sua humanidade ele poder sentir tanta dor; com
Draco, eu só estava tentando mostrar que a negação da dor e supressão do conflito
interno só pode levar a uma pessoa machucada (que é muito mais propensa a
provocar danos a outras pessoas).
Draco nunca percebe que ele se
torna, durante boa parte de um ano, o verdadeiro dono da Varinha das Varinhas.
Por isso ele percebe, em parte porque o Senhor das Trevas é hábil em
Legilimência e teria matado Draco em um piscar de olhos se tivesse ideia da
verdade, mas também pois, apesar de sua consciência latente, Draco permanece
preso a todas as tentações que foi ensinado a amar – como a violência e o
poder.
Tenho pena de Draco assim como sinto muita
pena por Duda. Ser criado tanto pelos Malfoy quanto pelos Dursleys seria uma
experiência muito prejudicial, e Draco passa por provações terríveis como um
resultado direto dos princípios equivocados de sua família. No entanto, os
Malfoy têm uma graça salvadora: eles se amam. Draco é bastante motivado tanto
pelo medo de algo acontecer com seus pais tanto como para si mesmo, enquanto
Narcisa arrisca tudo quando ela mente para Voldemort no final de Relíquias da
Morte e lhe diz que Harry está morto, apenas para que ela possa chegar a seu
filho.
Por isso tudo, Draco continua a
ser uma pessoa de moral duvidosa nos sete livros publicados, e por muitas vezes
tive razão para ficar nervosa pelo número de meninas que se derreteram por esse
personagem em particular (embora eu não descarte o apelo de Tom Felton, que
interpreta Draco brilhantemente nos filmes e, ironicamente, é a pessoa mais
legal que você poderia encontrar). Draco tem todo um glamour sombrio do anti-herói;
as meninas são muito aptas a romantizar essas pessoas. Tudo isso me deixou em
uma posição nada invejável de despejar o frio bom senso nos devaneios
fervorosos dos leitores, dizendo a eles, bastante severamente, que Draco não
estava escondendo um coração de ouro sob todo aquele sarcasmo e preconceito e
que, não, ele e Harry não estavam destinados a se tornar melhores amigos.
Imagino que Draco cresceu para
seguir uma versão modificada da existência de seu pai; rico e independente, sem
qualquer necessidade de trabalhar, Draco habita a Mansão Malfoy com a esposa e
o filho. Eu vejo seus hobbies como mais uma confirmação de sua natureza dupla.
A coleção de artefatos das trevas remete à história da família, mesmo que ele
os mantenha em caixas de vidro para não usá-los. No entanto, seu estranho
interesse por manuscritos de alquimia, a partir dos quais ele nunca tenta fazer
uma Pedra Filosofal, aponta para o desejo de algo diferente que a riqueza, e
talvez até mesmo o desejo de ser um homem melhor. Tenho grandes esperanças de
que ele vá criar Escórpio para ser um Malfoy muito mais amável e muito mais
tolerante do que ele era em sua própria juventude.
Draco teve muitos sobrenomes
antes de eu escolher ‘Malfoy’. Por várias vezes, nos primeiros rascunhos ele é
Smart, Spinks ou Spungen. Seu nome de batismo vem da constelação – o dragão – e
ainda sim sua varinha tem o núcleo de pelo de unicórnio.
Isso foi simbólico. Há, afinal – e correndo o
risco de reacender fantasias nada saudáveis – algo bom, ainda não extinto, no
coração de Draco.”
Depois
de ler tudo isso ficaram com pena do Draco?
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