Supernatural chegou ao seu final e depois de acompanhar à série ao longo dos anos, era impossível não escrever um crítica sobre à última temporada.  Você está preparado para relembrar a história dos irmãos Winchesters?

Ao longo dos últimos 15 anos vimos Sam e Dean serem habilmente desenvolvidos por seus atores Jared Padalecki e Jensen Ackles. A cada temporada, uma nova camada era adicionada ou exposta sobre os seus personagens. Desde a 1ª temporada fica evidente o quanto Dean sente falta da família, de sua mãe principalmente, e quão obediente ele é ao pai. Enquanto isso, Sam considera Dean sua prioridade familiar, ele é aquele que representa um papel paterno, a pessoa que ele é mais fiel, mais até do que de si mesmo.

Assistimos os meninos lutarem com tudo quanto é tipo de criatura sobrenatural, com anjos, demônios, , bruxas, fantasmas, entre tantos outros, mas a principal coisa em supernatural nunca foi a caçada, mas sim a família, seja ela de sangue ou a que foi adicionada ao longo das temporadas. Essa sempre foi a essência de supernatural e isso ficou escancarado nas duas últimas temporadas onde apesar de todas as dificuldades a prioridade de ambos os personagens sempre foi com a família e muitos dos erros cometidos por eles foi exatamente por isso, família sempre vem primeiro para esses dois, mesmo que suas decisões causem mais um apocalipse.

Se tem um personagem tão querido quanto os irmãos Winchester na série é o anjo Castiel. Ao longo de todas as temporadas Castiel se tornou um dos protagonistas nas histórias dos irmãos. Nessa última temporada ele foi um dos fatores mais importante para o desenvolvimento da história. Ele deixou de ser aquele personagem inocente, e passou a tomar suas próprias decisões tendo como foco o bem de sua família da terra. O fim dado ao personagem foi bem feito.

Jack Kline, um personagem que conquistou todos, ou pelo menos 99% dos fãs de Supernatural. Jack só apareceu na 13 temporada, mas ele foi um das forças motriz por traz dos roteiros das três últimas temporadas. Um personagem extremamente inocente, doce e mais poderoso do que qualquer um que já apareceu na série. O final dado a ele foi algo facilmente previsto, mas nem por isso foi ruim. 

Quando falamos sobre finalizar uma série sempre encontramos milhares de problemas, principalmente se for uma tão longa quanto Supernatural. Tantos anos de histórias como agradar fãs tão fiéis, que acompanham a série há anos e ainda assim dar um final digno? 

A ideia de trazer personagens cruciais vistos em temporadas anteriores, acrescentando nas histórias elementos que ainda não tinha sido apresentado no show foi uma sacada brilhante. Conseguimos aprender mais sobre situações passadas e rever aqueles personagem que não apareciam na série desde de suas primeiras temporadas.

Também tivemos muitos episódios nostálgicos nessa 15 temporada, foi realmente uma despedida para os fãs da série e foi bom ver um final para muitos personagens que ajudaram durante tantos anos os irmãos Winchesters, fora que realmente precisávamos de uma reunião de família e foi lindo ver isso acontecer.

Não posso dizer que eles não acertaram em muitas coisas nessa última temporada, mas a forma que finalizaram a história do Dean foi difícil de aceitar. Foi a coisa mais simples que eles poderiam dar ao personagem, porém seu final foi aquilo que imaginei durante várias temporadas, lógico que imaginamos ele cercados por amigos e familiares, porém gravar em um momento de pandemia não é algo simples e seguro, o final da série sanou várias dúvidas e a conversa de Dean com Bob nos mostra que séries mudanças aconteceram depois que Jack passou a comandar as coisas.

Com o passar das temporadas vimos o crescimento das personagens femininas como protagonistas em Supernatural. Nas primeiras temporadas tínhamos a Ellen e a Jo que eram basicamente as únicas caçadoras apresentadas na série. Nas últimas temporadas, especificamente na 12, 13, 14 e na última, vemos o protagonismo feminino recebendo um grande destaque prova disso é o tempo de tela que vemos as personagens: Jody, Mary Winchester, Donna, Rowena, Billie, Claire Novak, Eilleen e nas duas ultimas temporada A Escuridão. 

Todas essas personagens apresentaram algo essencial para o desenvolvimento das histórias dos irmãos Winchesters, sejam como amigas, uma representação materna ou até mesmo um interesse amoroso. Todas apresentando histórias complexas e que na 15ª temporada ganharam até um episódio(Wayward Sisters) focado nelas e em suas experiências de caça, salvando os irmãos.

Os vilões de Supernatural sempre foram diversificados, nas primeiras 5 temporadas tínhamos vilões diferenciados e uns 3 recorrentes, como o Demônio de olhos amarelos, Crowley e Lúcifer. Nas temporadas seguintes tivemos vilões de grande sucesso, como o arco Arcano onde os grandes vilões dos irmãos eram os anjos, e aqueles vilões que até hoje não entendemos como foram parar ali (são vocês mesmos leviatãs...) e duraram tanto na série. Nas três temporadas finais, nossos grandes vilões são Os Homens das letras Britânicos, Chuck, a Escuridão, Lúcifer e Miguel.

É notável que desde a 13ª temporada, a série vinha se despedindo de vários personagens principais ou recorrentes, incluindo alguns de seus vilões, enquanto dava destaque a outros, que passaram de vilões pra algo mais parecido como arqui-inimigos, nessa última categoria colocamos o Crowley e sua mãe Rowena.

O grande vilão da 15ª temporada seria o Chuck, mas honestamente? O personagem só não se sustenta como um vilão importante, com força suficiente para manter uma temporada inteira como um inimigo principal e é isso que vemos na tela, tanto que foram inseridos alguns outros vilões menores(Casos pegos pelos Winchesters) para não ficar um vazio nessa parte.

Apesar se Chuck ser o "maior vilão" dessa temporada, Supernatural teve outros vilões mais competentes e que deram muito mais trabalhos para serem destruídos. O final dado a Chuck foi uma solução bem pensada e executada, o problema é que dificilmente veríamos um personagem tão narcisista e sociopata se humilhar daquela forma.

Foram 15 anos na tv, muitos desistiram da série há algumas temporadas, outros falaram que deveria ter terminado na 5 temporada, mas Supernatural foi persistente, entre erro a e acertos, foi entregue a tela casos que nos emocionaram, que nos apresentaram novos folclores, novas lendas, novas armas, personagens que nos cativaram e que odiamos. Também nos trouxeram para viagens ao céu, ao inferno, de volta no tempo, a universos alternativos, tudo dentro de um Impala 67, ou através de portais.

O final de Supernatural trouxe tudo que poderíamos imaginar que tivesse nele - com alguns personagens a menos por conta da covid 19 - as únicas duas ressalvas seria sobre o vilão fraco que a temporada teve e a forma que foi dada ao final do Dean.