Crítica| Rogue One: Uma história de Star Wars

By Helen Martins - 12/31/2016 03:37:00 PM




Fui assistir Rogue One – Uma história de Star Wars no começo desta semana, e qual não foi a minha “surpresa” – nem tão surpresa assim -  de amar completamente o filme. Sim, a surpresa se encontra no fato de após terem finalizado as gravações e alguns dos principais executivos verem (e não gostarem), mandarem recriar várias cenas, então surgiu aquela dúvida: o filme não estaria bom?

Muito ao contrário, o filme é cativante, a história te prende do começo ao fim a personagem Jyn Erso, de Felicity Jones, ao lado do capitão Cassian Andor, de Diego Luna, deixa você emocionado e torcendo que tudo der certo para um grupo de rebeldes, que se juntaram para salvar em uma das poucas coisas que creem, a liberdade de decidir como viverão.

Vale ressaltar que a linha do tempo da história, se passa um pouco antes do original Star Wars, o que significa que Darth Vader está vivo e em seu auge durante os eventos de Rogue One. O longa mostra como foi a construção e como foi que a Aliança Rebelde conseguiu colocar as mãos nos planos da Estrela da Morte.

Personagens



Jyn Erso (Felicity Jones)

Assim como as outras “mocinhas” de franquia Star Wars, Jim é uma mulher independente, que se meteu em algumas confusões, após perder/ser abandonada por aqueles que eram de confiança para ela. A escolha de Erso como protagonista se dá, principalmente, ao fato de seu pai ser o criador de uma das maiores armas já vista em StarWars.

Como a Princesa/General Leia e Ray, ela transmite muita coragem e perseverança durante todo o filme, principalmente nos minutos finais, vemos a fibra de um personagem que foi corajosa demais desde a sua infância.



Capitão Cassian Andor (Diego Luna)

O que falar da atuação maravilhosa do Diego Luna nesse filme? Ele literalmente rouba a cena. Cassian não é um personagem que podemos separar entre vilões e mocinhos, assim como não podemos com vários outros da franquia, ele faz o que é necessário para alcançar os objetivos que é dado pela Aliança Rebelde a ele, mesmo que isso balance sua moral, e o encontro com Jyn Erso, parece criar uma nova perspectiva para o personagem.



Chirrut Imwe (Donnie Yen)

"I'm one with the force and the force is with me"

Esse sem sombra de dúvidas conquistou o coração de todos que foram ao cinema,e também é o mais próximo que vemos de um ‘jedi” no filme, e creio que seja o melhor guerreiro no longa. Sério, as cenas de luta com ele são insanas, o personagem luta bem, atira bem, tem carisma e acima de tudo ele mantém a crença sobre a Força e os Jedis, mesmo que todos já estejam desacreditados, pois os mesmos não protegem mais a galáxia.



Bodhi Rook (Riz Ahmed)

Podemos literalmente identificar ele como “O Rebelde”. Bodhi é piloto líder do esquadrão rebelde, e penso que ele acabou meio que escondido no filme, mesmo que ele tenha um papel essencial na história, o personagem realmente mostrou a que veio nos últimos 30 minutos do filme.



Baze Malbus (Wen Jiang)

Baze é o melhor amigo Chirrut, ele é extremamente leal ao amigo, e sempre está lá quando ele precisa. Enquanto Chirrut é mais calmo, Baze é tudo sobre blasters, armaduras e explosivos, do que acreditar em religiões, armas antigas e na Força.



K-2SO (Alan Tudyk)

Esse robô arrancou boas risadas de toda a sala de cinema durante o filme. Sabe uma pessoa sem filtro algum? Então, agora temos um robô sem filtro também! O K-2SO é um robô do império modificado, e isso ajuda em muitas situações, afinal ele pode ir disfarçado nas missões da Aliança Rebelde.

O melhor é que ele realmente não dá a mínima sobre o que você pensa, e não pensa duas vezes antes de dizer o que ele pensa da situação ou de você, isso leva a interações hilárias entre ele e a Jyn.



Galen Erso (Mads Mikkelsen)

O pai de Jyn Erson, é simplesmente um gênio quando se trata da construção de armamentos e isso o torna um alvo tanto do império, quanto da Aliança Rebelde. A forma como ele e a Jyn se separam é de partir o coração, você nota claramente que eles possuem uma ligação muito forte, mas quando você é condenado por ambos os lados, é difícil ficar vivo e proteger aqueles que você ama.



Diretor Orson Krennic (Ben Mendelsohn)

Krennic é o tipo de personagem que você tem nojo, ele é um peão no jogo do império, que ainda não descobriu que esse é realmente o seu lugar, mas apesar disso ele é um personagem inteligente em outros aspectos, ele parece sempre estar dois passos à frente da Aliança Rebelde. É através dele que também descobrimos que lealdade é algo raro em ambos os lados, existem mais espiões do que galáxias para serem exploradas em Rogue One.



Saw Gerrera (Forest Whitaker)

Sabe aquele personagem que você imagina que vai ser uma coisa, e no filme ele é outra completamente diferente? Então, esse é Gerrera. A guerra tirou muito mais do que aqueles que ele amava, ele tirou a sanidade do homem também. Ele é uma preocupação tanto do Império, quanto da Aliança Rebelde, por causa de suas reações extremistas e paranoia excessiva - mas totalmente justificável. 



Cenas

Rogue One é em todos os momentos um filme de ação, não há um minuto no filme que não vejamos alguma cena de batalha acontecendo, ou algum plano sendo formado e executado. Literalmente não há um segundo com cenas paradas.

O filme apesar de muitas cenas de ação consegue te comover com as histórias pessoais de cada personagem. Eu queria muito colocar eles em um lugar salvo, e apesar de torcer muito para um final, um pouco mais feliz, e mesmo sabendo o que ia acontecer – ao menos como seria o final em geral -  ainda torci muito para estar errada, mesmo sabendo que seria impossível par anão alterar a linha da história de Star Wars, queria todos salvos, intactos e sendo muitos felizes, afinal um final agridoce deixou lágrimas nos olhos de muitos na sala de cinema, incluindo os meus olhos.



Cenários

Star Wars sempre foi conhecido por ser um filme que não deixa nada a dever nos seus cenários e não seria diferente em Rogue One. As cenas gravadas na praia são de tirar o fôlego, que cenário lindo e fotografia mais do que perfeita. As locações utilizadas para o Império transmitem perfeitamente como está a situação na Galáxia, quando comparada as locações e cenários utilizados na Aliança Rebelde.

Por fim, Rogue One é o tipo de filme que você pode assistir várias vezes, por que merece ser visto esse tant de vezes, direção e roteiro impecáveis, a atuação de todos e principalmente do grupo principal é incrível, a dinâmica entre todos, e principalmente, entre a Felicity Jones e o Diego Luna é de tirar o fôlego.

Rogue One também é mais do que um filme de ficção, assim como os outros da franquia, o longa te faz refletir sobre questões sociais e políticas. É um filme complexo que mostra o que é “real” em uma sociedade, igual ao que acontece atualmente no mundo. Rogue One apresenta personagens reais, carismáticos e que vão te conquistar no segundo que você começar a ver o filme



Carrie Fisher

Como já havia dito no começo desse post, eu fui assistir “Rogue One” no começo dessa semana e a crítica do filme teria saído bem antes, se eu não tivesse ficado bastante triste com a morte da Carrie Fischer (Princesa Leia), e ficar perdida sem saber o que escrever sobre o filme.

Apesar de Carrie só aparecer no final do filme, e em uma única cena, é possível ver quão fantástica é a personagem criada por ela. A todo momento no filme é focado nos rebeldes, e na importância da rebelião, o papel de Felicity Jones é essencial para isso, mas ele também nos faz lembrar que é a Princesa/General Leia Organa, quem traz a rebelião para o centro da trama.

Creio que uma das coisas mais tocante no filme, principalmente depois de saber da morte da atriz, é a recriação perfeita dos momentos que antecedem a primeira aparição dela como Leia, enviando para Obi-wan os planos da estrela da morte, enquanto fica para enfrentar Darth Vader, simbolizando para aquele momento e todos os outros que vieram, que era ela, a princesa/general de Fischer, repleta de carisma e que conduziu boa parte das histórias, que era uma nova esperança para a Galáxia.


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