Crítica| Esquadrão Suicida

By Helen Martins - 8/14/2016 05:55:00 PM

Tinha tudo para ser um excelente filme, mas ficou apenas no bonzinho.



Finalmente arranjei um tempo para ir assistir “Esquadrão Suicida”, e qual não foi a minha decepção quando 15 minutos após o começo do filme eu já vi que as coisas seriam bem diferentes do que foi divulgado. Sério, só levou esses poucos minutos para notar que o longa havia sido mais marketing do que história.

Com um elenco contendo os piores vilões da DC Comics,  e contendo vários elementos para lançar uma história f*d*, a Warner e David Ayer não souberam levar a história para as telonas. Com algumas referências ao universo dos quadrinhos e com um roteiro fraco, Esquadrão Suicida apresenta grandes problemas no roteiro – que honestamente não parecem ter sido por opção, ou pensando em uma futura continuação -  e peca ainda mais nos diálogos, tramas e direção, todos muito fracos.

O filme começa contando a história de cada um dos vilões e como eles foram presos e suas histórias. A tentativa estabelecer arcos para cada um dos vilões perde-se completamente no filme devido ao desequilíbrio e a falta de algo que os una verdadeiramente, além do fato de serem loucos e sendo usados pelo governo como uma arma.



Sobre os atores, quem salva o filme é o Pistoleiro, interpretado por Will Smith, a Arlequina, interpretada por Margot Robbie – essa que roubou a cena e será falada um pouco mais adiante no texto - e Viola Davis, que deu um show de interpretação, como a personagem Amanda Waller, fazendo justiça à força que a personagem apresenta nos quadrinhos e sendo mais "vilã" que todos os outros.

Achei a escolha da Cara Delevingne para interpretar a Drª June Moone/Magia, desde o começo, muito arriscada – afinal, lembro da interpretação da mesma em Cidades de Papel, porém até antes da personagem dela revelar quem seria o “grande vilão” do filme - uma decepção total - , estava tudo muito bem, muito bom, mas depois disso foi ladeira abaixo, sério, o que esse povo estava pensando? A personagem Magia virou quase uma caricatura.

Gostaria de ter visto uma participação maior da Katana no filme, imagino que futuramente a DC possa fazer um filme solo da personagem. Um personagem que também ficou apagado no filme foi o Coringa (Joker), de Jared Leto. O que foi esse Coringa? O marketing da DC Comics promoveu tanto a participação dele no filme, para no final ele deve aparecer, ao todo, apenas uns 10 minutos, pior que isso só o Flash, interpretado por Ezra Miller – que estará no filme da Liga da Justiça – que apareceu por meros segundos, se você piscar muito lentamente perde a aparição dele.


A grande estrela  sem sombra de dúvidas foi a Arlequina, o que foi Margot Robbie nesse filme? Em todas as cenas que estava roubava completamente a atenção, ela conseguiu tirar de letra a personagem dos HQs e levar toda loucura para o cinema, talvez o único problema tido pela personagem tenha sido a alta sexualização da mesma e as falas fracas, certeza que num futuro próximo teremos um filme só dela.

Por fim, com grandes efeitos especiais - destaque para os efeitos da Magia, Diablo, e do Pistoleiro - e uma trilha sonora maravilhosa, esquadrão suicida não soube explorar bem seus personagens, nem apresentar uma história envolvente. Era um excelente trailer, mas um filme que podemos considerar razoável.


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