Resenha: Lugar Nenhum, de Neil Gaiman

By Helen Martins - 7/25/2014 04:04:00 PM


Título: Lugar nenhum
Autor: Neil Gaiman
Editora: Conrad
Número de Páginas: 336
Classificação: 5/5

O mundo criado por Neil Gaiman em lugar nenhum é de uma criatividade surpreendente... Aqui ele não descreve apenas a Londres moderna e como ela foi criada, mas também uma Londres de baixo...

Creio que a história deve ser ainda mais emocionante para quem conhece a cidade de Londres, principalmente seu tão famoso metrô que além de cortar a própria cidade, chega a diversos países...

A narrativa conta a história Richard um rapaz comum, com uma vida normal e que se vê numa situação nunca imaginada quando encontra uma menina sangrando na calçada e resolve ajudá-la. Door por sua vez após receber a ajuda de Richard transforma a vida do rapaz completamente. 

Em geral é tudo muito louco, mas não confuso. Se você puder aceitar que a lógica não tem lógica e que a personagem principal se chama Door, e pode abrir qualquer tipo de coisa. Que ela está sendo perseguida por dois assassinos lunáticos e virtualmente imortais. Se você aceitar tudo isso, então você vai se divertir. Claro que Richard não achou divertido não existir depois de ajudar Door. Ele não sabia que ao se misturar com a Londres de Baixo (ou Submundo) você deixa de existir na Londres de Cima. Até porque, ele sequer sabia que existia uma Londres de Baixo!”

Ao longo da história vemos a transformação de Door em uma pessoa mais confiante, mas a principal mudança acontece em richard seu personagem amadurece e aprende a fazer suas próprias escolhas... A forma como Gaiman leva a história permite que Richard não se torne um personagem maçante, mas sim nosso elemento de ligação. Quando explicam as coisas para ele, senti como se estivessem explicando isso para mim.

“Você já conseguiu tudo o que queria e então percebeu que não era nada daquilo?” Pág 335

Um dos personagens que mais gostei foi o marques de Carabas ele rouba a cena em vários capítulos e a Door, bom... Essa rouba as cenas sempre que aparece...
As descrições dos cenários são tão detalhadas (mas não maçantes) que após algumas páginas já estamos acreditando em tudo que se passa e nos perguntamos se estamos enxergando mesmo tudo o que acontece ao nosso redor. 


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