Título: Extraordinário
Autora: R.J. Palacio
Editora: Intrínseca
Número de páginas:318
Classificação: 4/5
Sinopse: August Pullman, o Auggie,
nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial,
que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca
frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil
ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a
começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma
missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência
incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Quando terminei de ler
Extraordinário e imaginei o que iria escrever na resenha, fiquei uns bons
minutos pensando se conseguiria expressar tudo o que senti ao ler o livro. Extraordinário, tem esse título
merecidamente. Desde a sua narrativa, aos personagens que nos é apresentado,
tudo (sem exceção) é extraordinário.
SEUS FEITOS SÃO
SEUS MONUMENTOS
“As coisas que fazemos sobrevivem a nós. Elas
importam mais que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa
aparência. São como monumentos que as pessoas erguem em honra dos heróis. Só
que em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você.” Pág 72
August é um personagem
marcante, não por causa de sua síndrome genética, mas porque ele tem o poder de
marcar você da melhor maneira possível. Com apenas 10 anos e depois de passar por diversas cirurgias e sofrer diariamente com a reação que as pessoas tem ao vê-lo, ele é uma criança incrível! Muito
inteligente, com um senso de humor que conquista a todos e uma grande fascinação
por Star Wars.
Antes de julgarmos
qualquer um por suas reações a Auggie temos que lembrar que crianças são
criaturas extremamente sinceras e não conseguem esconder o choque ao ver o rosto
dele e percebemos, ao longo da história, que muitos adultos também não. As vezes não é por mal, mas sabemos que o que é diferente sempre chama mais atenção. A cada capítulo novos valores e lições são aprendidos não apenas por
ele, como por nós também.
Apesar da história tratar de um
tema pesado, não é uma leitura difícil ou maçante, muito pelo contrário,
por ter capítulos muito curtos a leitura é MUITO rápida. A cada passagem
aprendemos a dar valor ao que realmente é importante na vida.
E foi exatamente isso que o
livro me fez refletir, a respeito da vida, de como reclamamos tanto, de coisas tão frívolas,
de como damos tanta importância às aparências e não valorizamos tanto quando
deveríamos as verdadeiras e sólidas amizades.
Toda a narrativa é construída
em primeira pessoa, e por diferentes personagens! Isso é uma das coisas mais
legais do livro, já que assim você consegue entender cada personagem e conhecer
a história por diversos pontos de vista.
E depois de tudo isso, só posso
dizer que concordo completamente com o Auggie:
“Toda
pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós
vencemos o mundo.” Pág 313
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