Rick Riordan fala sobre sua nova trilogia baseada na mitologia Nórdica.
By Helen Martins - 3/25/2014 02:26:00 PM
Publicado na Folha de São Paulo
Os deuses e heróis da Escandinávia
medieval devem aportar em Boston a partir de 2015, numa invasão viking
orquestrada pelo escritor de fantasia americano Rick Riordan.[Como já falado anteriormente no blog]
Em entrevista à Folha por e-mail, Riordan, 49,
contou que sua nova série, uma trilogia, terá "muita ação e humor,
misturando o moderno e o mítico", na mesma linha dos livros de sua autoria
que têm como protagonista o jovem semideus Percy Jackson.
As
aventuras de Jackson, inspiradas nos mitos gregos e ambientadas no século 21,
já venderam mais de 20 milhões de livros mundo afora. Em outras obras, Riordan
também deu nova roupagem aos mitos romanos e egípcios, mas conta que, na
verdade, as histórias escandinavas foram a primeira mitologia antiga pela qual
se interessou.
"Quando
eu era bem pequeno, meu pai costumava ler histórias folclóricas do Velho Oeste
para mim. Depois, virei fã de 'O Senhor dos Anéis', de J.R.R. Tolkien.
Meu
professor de inglês, na época, foi muito esperto e disse que, se eu gostava de
Tolkien, também poderia me interessar pelos mitos nórdicos", explica.
"Logo depois, descobri a mitologia grega, que acabou virando uma paixão
para o resto da vida."
Poderosos
como suas contrapartes da Grécia Antiga, os heróis adolescentes de Riordan
tendem a sofrer com problemas modernos, como dislexia e TDAH (transtorno do
déficit de atenção com hiperatividade). Essas características são uma homenagem
a seu filho Haley, que é disléxico e tem TDAH.
Nos
livros mais recentes de seu universo, os da série "Os Heróis do
Olimpo", o autor decidiu enfrentar outro tema envolto em tabus mesmo para
os adolescentes modernos, mas muito comum na mitologia greco-romana original:
as paixões homossexuais.
Na história, um semideus adolescente confessa
ter se apaixonado por Percy. "É uma parte da mitologia da qual tendemos a
nos afastar hoje", diz. "Mas não acho que haja razões para fingir que
a homossexualidade não existe." Riordan diz esperar que o personagem ajude
seus leitores a evitar a discriminação.
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